terça-feira, 24 de março de 2020



Estação Central

Era o primeiro emprego com registro em carteira. Shopping Center, por sinal (local que detestavaa). A função, limpar o recinto, atender clientes mensalistas e fechar o caixa ao final do expediente. Estacionamento terceirizado de Shopping pra ser mais exato... Lá aprendeu o código Q e a ser cortês com os os mais fechados e os mais resilientes ponderados. Mas também experienciou da indesejosa postura de pessoas que não prestavam atenção ao trabalho executado dos Orientadores "B"... Eramos indesejados, não eramos vistos...humanos.
Sugava do ardor de um dia de queima de estoque, o trabalho era dobrado e dividido aos funcionários do estabelecimento. Em dias de etiqueta vermelha todas as classes sociais se aglomeravam para aproveitar da variedade de opções de compra. Trabalhou naquele estacionamento por dois anos e fez durante esse período amizades conservadas ao passar dos anos. Uns seguiram a diante, outro por sua vez nao avançavam por força da inercia que o mantinham preso atado na condição limítrofe que o ambiente prestava.
Mas chegou a hora de mudanças. mudar o corte de cabelo, acordar para amizades novas, tomar novos rumos rente a libertação causada por falsos amores... Do estacionamento restaram lembranças de bebedeiras nos fins de semanas com os integrantes da equipe. unidos como qual se desvia da cegueira de uma sociedade machucada pela tempérie de um mundo anormal.


3 comentários:

  1. Muito bom. Conta situações do cotidiano da vida comum que por vezes nos passa desabercebida.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Adorei a imagem. Parece a ponte do rio Arno

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