segunda-feira, 23 de março de 2020





A ilusão do amor verdadeiro: E o aprisionamento da identidade.



Todos sem exceção buscam experimentar o gosto de relações sadias e ao lado de pessoas sadias. Isso é de praxe. Cabe a cada um, porem a incumbência de colocar cada qual no seu devido lugar, lembrando-se da premissa de que” O coração é caminho intransitável “. Favorecendo a ação do amor próprio e o livre arbítrio.
Perdemos nossa zona de conforto toda vez que depositamos esse mesmo coração em mãos desconhecidas ou transferimos nossos sentimentos a quem nem em uma pequena parte deveria comportar .
O conceito de “ Pessoa” advém do latim Persona que por sua vez trata-se da subjetividade construtora da identidade. Em outras palavras, um individuo qualquer só pode extrair de o melhor de você ( sua beleza, seu carisma, seu carinho) e te transformar em território ferido encharcado de ressentimentos somente quando se concede espaço e poder de barganha para domina-lo (a).
Os sequestros da identidade ocorrem a todo instante , principalmente se elegermos alguém dentro de nós ao cargo de “amor de toda a vida’’ , lhe dando o poder de administrar o que não é de seu interesse. A relação nesse caso é de sequestro e sequestrado ( você lhe rouba quando joga nas mãos de outro a obrigação de te amar e você é roubado quando outro alguém lhe faz se esquecer de onde você vem e quem você de fato é nesse mundo inanimado de reais sentimentos.
A boa noticia é que há libertação para casos de dependência amorosa. As palavras chave são ‘’Fé “ e saber o momento certo para dizer “ Não”. Vale a ressalva de devemos aprender a tirar do foco os desejos da carne e nosso imediatismo pois tudo concorre no tempo de Deus.
O horizonte de sentido quando revigorado tem a capacidade de nos devolver a nós mesmos. Você volta para seus livros , seus discos , família e amigos. Mas vale sustentar que não existe pessoas ou amor a dois perfeito. O que há é a cumplicidade.
Afinal de contas, a maior conquista do inimigo de Deus e dos sequestradores da nossa inteireza é fazer com que nos esqueçamos de quem realmente somos dentro desse mundo muita vezes cheio de mascaras

2 comentários:

  1. Libertar-se do cativeiro do autosequestro emocional é de todos o mais difícil

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  2. Mas como fazer se você acredita no amor? Sei que há amores que nos sequestram a identidade, mas amar e ser amado não há um pouco disso? Onde a entrega é tamanha que passamos a ser um em dois corpos? Ao mesmo tempo que perco um pouco de mim ele também perde um pouco dele, mas também dou a ele um pouco de mim e ele me dá um pouco dele e assim viramos um misto de nós dois. Nos perdemos sim, mas nos reformamos renovando-nos um no outro. Isso é o amor verdadeiro.

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